O mercado imobiliário brasileiro está em fase de grande expansão, o que vem gerando expectativas positivas para o setor.
Os recentes dados de recuperação da economia, o baixo patamar da taxa de juros, o aumento do volume de crédito imobiliário, a vontade de investir nessa área e o aumento da captação da poupança, entre outros fatores, podem ser considerados essenciais para o desenvolvimento do mercado imobiliário no Brasil.
Nos últimos meses, o grande crescimento no número de vendas de imóveis residenciais tem sido impulsionado pelo crédito imobiliário, pelo ressignificado da moradia trazido pela pandemia e pela atração de investidores, retornando aos níveis do boom imobiliário de 2013.
Em pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base nos anúncios de imóveis em 50 cidades do país, no mês de junho deste ano foi registrada a maior alta no preço médio de imóveis residenciais (0,68%), comparada desde agosto de 2014 (0,57%). Em maio, o Índice FipeZap marcou o percentual de 0,48% e em abril, de 0,30%.
O Índice também mostrou que a cidade de Manaus teve a maior elevação (2,14%) no preço médio de junho, seguido de Vitória (1,60%), Brasília (1,49%). Das 16 capitais monitoradas pela Fipe, 15 apresentaram crescimento. São Paulo apresentou ganho de 0,40%, o que supera a variação no Rio de Janeiro, com 0,15%. A exceção foi a cidade de Campo Grande que registrou variação de queda de 0,94%.
Segundo o levantamento, o balanço parcial do primeiro semestre deste ano aponta para a alta nominal de 2,17% no período, mas ainda é um índice inferior à inflação (3,82%) registrada neste intervalo de tempo, conforme comportamento esperado pelo IPCA/IBGE. A informação foi publicada no Boletim Focus do Banco Central (05/06).
Ao considerar os últimos 12 meses até junho de 2021, o avanço nominal foi de 4,76%. Por outro lado, houve queda de 3,36% em termos reais, ao comparar com a inflação acumulada (+8,40). Contudo, nesse balanço parcial do último ano a junho, todas as 16 capitais monitoradas apresentaram crescimento no preço médio.
O Rio de Janeiro liderou o preço mais caro entre as capitais brasileiras em relação ao preço médio na pesquisa (R$ 9.545/m2). Seguido por São Paulo (R$ 9, 529/m2) e Brasília (R$ 8,336/m2).
Dentre as cidades com menor valor médio de venda residencial estão: Campo Grande (R$ 4.327/m2), João Pessoa (R$ 4.692/m2) e Goiânia (R$ 4.721/m2). No geral, o custo médio das 50 cidades monitoradas pela FipeZap foi calculado em R$ 7.655/m2.
O Índice destaca as altas acumuladas em 12 meses em Maceió (+14,27%), Vitória (+13,30%), Manaus (+13,29%), Curitiba (+11,08%), Brasília (+10,48%), Florianópolis (+9,47%), Goiânia (+9,22%) e João Pessoa (+8,89%). O resultado acumulado da cidade de São Paulo foi de aumento de 4,41% e no Rio de Janeiro, alta de 2,29%.
Texto Escrito por: Jornalista Renata Moraes